sexta-feira, 6 de janeiro de 2017

                                           
#PraCegoVer: Nesta imagem contêm três pessoas sentados na cadeira e o ambiente é a sala de aula: sua esquerda,um homem interprete de Libras que se chama Hélio Fonseca; no meio, um homem cego-surdo que se chama Carlos e sua direita uma moça interprete de Libras que se chama Regiane fazendo a comunicação háptica nas costas do Carlos.No fundo a direita tem um televisão passando a abertura da Copa do mundo de 2014 ao vivo e posteriormente  Brasil contra a Croácia. No meio entre Hélio e Carlos tem uma campo de futebol tátil, e o tamanho deste campo parecido com o campo de botão, mais ou menos 1,20 m por 50 cm. As mãos do Carlos estão em cima das mãos do Hélio e as mãos do Hélio estão em cima do campo tátil fazendo a interpretação para o Carlos usando a Libras tátil sobre abertura do jogo. E a Regiane atrás do Carlos fazendo a comunicação háptica.


Esta atividade pode ser usada na aula de educação física para alunos cegos, surdos ou cegos-surdos e também para alunos videntes e ouvintes. O professor poderá fazer várias maquetes tátil-visual como: campo de vôlei, campo de handebol, estádio do futebol de campo, arena do UFC e outras. Nestes maquetes poderá desenvolver várias atividades, como por exemplo conhecer os espaços dos esportes.

Esta imagem foi tirada no youtube, fonte: https://www.youtube.com/watch?v=TK2AgzBBvKw&t=3s

Neste youtube mostra o Hélio fazendo passo-a-passo o campo tátil.

quarta-feira, 23 de novembro de 2016

Acessibilidade e Inclusão

#PraCegoVer: Imagem de fundo branco e nesta imagem contem cinco pessoas. E cada pessoa tem o balão de conversa, os dois primeiros balões do lado esquerdo dos ouvintes são conversadas em língua oral, o terceiro e quatro balão dos surdos são conversadas em língua de  sinais e o último balão não conversa, só observa e com o balão de pensamento, neste balão contem vários símbolos de interrogação




                     Imagem adaptada: Jean Rodrigo Jacinto Conceição



Nas instituições de ensino, alguns alunos, professores e funcionários têm preconceitos, medo ou receio de conhecer e aproximar nas pessoas surdas. Para quebrar essa barreira, a escola precisa promover as ações de todo ano, que envolvem temas relacionadas a Surdez, como oficina, palestras, formação continuada, visita técnica e outras. E a partir das ações, as pessoas vão saber como criar atitudes diante nas pessoas com deficiência. 

A imagem acima mostra a falta da acessibilidade comunicacional, isto pode ser na sala de aula, no recreio, no ambiente de trabalho, no ambiente de lazer e enfim. Como a imagem mostra dois ouvintes e dois surdos conversando e um está com dificuldade de entender, esta pessoa pode ser ouvinte ou surdo. Então essa pessoa sente prejudicada e está perdendo as informações. Para que o surdo alcança condições de acessibilidade, ou seja, conseguir a equiparação de oportunidades de informações, conhecimentos em todas as esferas da vida, precisa língua de sinais, intérprete, legendas, tecnologia assistiva e outros recursos.
O ideal é que todas as crianças surdas e ouvintes na escola aprendem Libras como disciplina curricular, com o objetivo de eliminar barreiras e que  a  comunicação seja natural. 




domingo, 2 de outubro de 2016

Quem sou eu


Meu nome é Jean Rodrigo Jacinto Conceição Figueiredo e sou professor de Libras, sou surdo, eu sinalizo e também oralizo. Minha primeira formação é Educação Física e a segunda é Letras/Libras. Estou no IFSP há 10 meses, trabalho no câmpus Campos do Jordão onde leciono disciplina Libras no curso de licenciatura em Matemática e no curso Analise e Desenvolvimento de Sistema e também nos curso de extensão.

sábado, 1 de outubro de 2016

A pessoa com deficiência na minha historia de vida

Quando eu estava na creche tinha um amigo surdo brincávamos juntos. Eu era ótimo copista, nas disputas com os colegas, sempre ganhava. Na primeira série, tinha muitas dificuldades, uma delas era a brincadeira de telefone sem fio em roda, mas o professor não sabia que tinha um aluno surdo. Na sala de aula eu só copiava, meus pais  perceberam alguma coisa estranha em mim, então eles me levaram ao médico que encaminhou para o neurologista e este informou que eu tinha deficiência intelectual, receitou medicamentos para eu tomar. Mas na primeira serie nesta mesma escola, a minha professora desconfiou que eu tivesse perda auditiva, pois ela chamava minha atenção e eu não escutava, então a professora comunicou aos meus pais e fui encaminhado ao fonoaudióloga para fazer exames de audição, foi constada a perda de audição, ou seja, eu não tinha deficiência intelectual. Depois, meus pais procuravam alguma escola com atendimento especializado, achado as escolas e fiquei algum tempo, e depois fui encaminhado a uma especialista psicopedagoga, fiquei durante um ano aprendendo novamente, ler e escrever. E esta mesma professora me encaminhou à uma escola particular que tinha salas especiais para crianças com deficiência e salas regulares para todas crianças. Lá fiquei dois anos numa sala especial e depois fui para 2º serie regular com 12 anos de idade. Nesta sala especial fiz vários amigos: surdos, down, deficiência intelectual, cego, mas tinha mais contato com os surdos.
Nesta escola tinha bastante surdos oralizados e sinalizadores, mas os professores não utilizavam a Libras na educação, somente métodos oralistas. E os surdos que não conseguiam desenvolver a fala não tinham sucesso nos estudos. Formei-me na 8º série com sucesso graças a Deus. Depois eu e meu amigo surdo fomos juntos fazer o ensino médio em outra escola, porém a secretaria não estava disposta a aceitar nossa matrícula, o discurso era que a escola não estava preparada, mas graças a Deus a diretora era minha professora psicopedagoga, citada anteriormente neste texto, então liberou eu e meu amigo surdo para estudarmos nesta escola.
Hoje estas mesmas escolas citadas acima, tem Libras e intérpretes para receber os alunos surdos.  Antigamente era difícil para os surdos estudar nas escolas, mas hoje com a lei atual, os surdos têm todos recursos, tanto humano como material: interpretes, dicionário de Libras, materiais adaptadas e outros. E sou grato a todas as pessoas que me acompanharam durante minha formação escolar.

E hoje tenho um aluno surdo adulto aprendendo Libras, somos amigos e minha expectativa que ele se torne fluente na língua de sinais.